quarta-feira, 27 de abril de 2011

pensamentos.

Tenho falado sozinha bem mais que o normal, se é que existe um nível de normalidade para tal. Percebi que tenho passado dias sem trocar uma palavra com outras pessoas. Só ouço minha voz quando me percebo cantando algo, ou quando encontro um vizinho, chegando ou saindo e, por educação, cumprimento. Eu sempre fui de falar pouco, e tenho problemas com comunicação desde que me lembro, mas acho que as coisas tendem a piorar agora.

Ando lendo bem mais também. O que passar pela frente, contos, crônicas, romances, poemas, noticias relevantes, outras nem tanto, até os livros didáticos da faculdade tem tido seu papel. Tudo isso para tentar ocupar a mente inquieta e voltar a ter um pouco de concentração para, talvez, me livrar dos demônios que domam meus pensamentos.
Mas como se pôde perceber, ainda não tive muito sucesso nisso.

Lembro constantemente do meu salto de pára-quedas no final do ano passado. Nem tanto por todas as sensações que o momento me proporcionou, a liberdade, o poder, a possibilidade de perceber quão pequena é cada pessoa, ver como o lugar era bonito. Mas mais por recordar que no exato momento da queda, eu não pensei em nada. A adrenalina era tanta e eu estava tão maravilhada com a situação que minha mente ficou finalmente limpa, livre de qualquer tormento.

E durante mais uma tentativa frustrada de ocupar e ao mesmo tempo esvaziar a mente, divago e escrevo.

Nenhum comentário: